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Como medir o impacto de um Programa de Desenvolvimento Comunitário (PDC)?

Published 07/26/2021 by Daiane Yara Martins

Um Programa de Desenvolvimento Comunitário (PDC) é uma excelente ferramenta que pode integrar o rol de estratégias de Responsabilidade Social Corporativa e tem como objetivo estabelecer ou aprimorar o diálogo entre empresas e comunidade.

E os motivos para aderir a um PDC são inúmeros, uma vez que ele gera impactos positivos para a empresa, seus colaboradores e comunidades:

●Para a empresa: é uma das formas de fortalecer a imagem diante da comunidade como uma organização socialmente responsável;

Para os colaboradores: oportuniza o engajamento com as comunidades de seu entorno, desempenhando um papel cidadão por meio de iniciativas voluntárias;

Para a comunidade: é uma forma de melhorar a qualidade de vida dos residentes, apoiando seu desenvolvimento e garantindo a sustentabilidade a médio e longo prazo.

De modo geral, para a empresa, o objetivo principal de um PDC é ajudar as comunidades a desenvolverem capacidades locais na busca de melhorias de suas necessidades prioritárias, tornando-as auto gestoras de suas necessidades e autossuficientes.

Embora os motivos para investir em um PDC sejam inúmeros, muitas empresas ficam em dúvida sobre as formas de mensuração efetiva dos resultados e impactos desses programas.

É sobre isso que vamos tratar neste texto. 

​Antes de tudo, para facilitar a análise sobre o que se pode medir, vamos expor aqui uma visão geral sobre a implementação de um PDC, conhecer os objetivos e entender o que se deve esperar dele na prática.

Quais são os principais objetivos de um PDC Corporativo?

Um PDC Corporativo é um programa de desenvolvimento comunitário elaborado para ser implementado por empresas, de todos os tamanhos e portes, em comunidades próximas de
seu território de atuação e que necessitam de apoio para um desenvolvimento duradouro e
sustentável.
 
Este programa tem como principais objetivos:
 
●Aproximar a empresa e seus colaboradores de suas comunidades de entorno ou de interesse;
●Desenvolver agentes de mudança comunitária;
●Incentivar a gestão de projetos comunitários;
●Criar redes de colaboração entre parceiros;
●Promover alianças com instituições locais (públicas e privadas);
●Oportunizar engajamento de colaboradores no Voluntariado Corporativo;
●Fortalecer a capacidade das comunidades participantes, aproveitando o potencial dos colaboradores da empresa para influenciar positivamente no desenvolvimento social da comunidade como um todo.

​Resultados esperados com a implementação do PDC Corporativo

Um PDC pode ser estruturado para ser implementado ao longo do tempo que desejar, aqui traremos como exemplo um programa de 18 meses. E ao final deste período, é esperado atingir resultados como:

●Colaboradores engajados e apoiando o seu bairro em busca do seu desenvolvimento sustentável;
●Colaboradores engajados em ações de voluntariado.
●Moradores locais engajados em processos participativos e trabalhando de forma colaborativa;
●Comunidade protagonista do seu próprio desenvolvimento;
●Líderes locais com capacidades instaladas para identificar e priorizar necessidades e mobilizar recursos para melhorar as condições socioeconômicas dos moradores do bairro;
●Líderes comunitários capazes de gerir projetos e prestar contas dos mesmos;
Engajamento de parceiros públicos e privados contribuindo ativamente para o desenvolvimento local.

Como é possível mensurar os impactos dos projetos de programas sociais?

A avaliação é fundamental para medir a eficácia do programa e servirá de base para a divulgação dos resultados do programa interna e externamente. Ela geralmente ocorre ao final de um ciclo de implementação, no caso do PDC, sugerimos que seja realizada no 17º mês.
 
Existem diversas ferramentas de avaliação, tanto quantitativas quanto qualitativas, o importante é que haja um planejamento alinhando os dados e informações desejadas ao nível de esforço e de investimento disponíveis. Para mensurar o impacto, por exemplo, podemos utilizar pesquisas pré e pós intervenção.
 
Elas definirão uma linha de base do programa:
 -Como meu público-alvo está antes de começarmos o PDC;
 
E, depois, a avaliação pós-intervenção:
 -Como o público está após o programa desenvolvido pela empresa;
 
Também podem ser realizadas:
●Entrevistas-chaves;
●Grupos focais;
●Questionários e pesquisas de opinião pública;
●Consulta de dados oficiais. 

​Escolhendo as ferramentas de análise

É importante que no início do programa sejam avaliadas quais as ferramentas mais eficazes para mensurar cada indicador ou impacto. Por exemplo, em comunidades onde a maioria dos moradores não é alfabetizada, a aplicação de um questionário pode não trazer um resultado tão eficiente quanto um grupo focal onde os participantes se sintam à vontade para expor sua opinião.

Na tomada de decisão sobre quais ferramentas serão utilizadas é importante levar em conta a quantidade de recursos que elas precisam para serem aplicadas. Nem sempre uma ferramenta complexa como uma pesquisa de percepção pública trará melhores resultados que uma reunião com os participantes só por ser mais cara e mais ampla, por exemplo.

​O importante é, mais uma vez, analisar e planejar o que é mais adequado para seu programa e para a sua realidade.

Ferramentas que ajudam na avaliação

​Como parte do monitoramento é fundamental também fazer reuniões de avaliação após cada ação realizada e, periodicamente, para verificar se os objetivos foram atingidos, o que foi bom e o que pode ser melhorado nas próximas ações.
 
E para ajudar nesse desafio, citamos aqui duas ferramentas muito úteis para assessorar o processo de avaliação de projetos/ações:
 
●Matriz FOFA (Swot em inglês);
●Método Que Bom – Que Pena – Que Tal. 

​Na matriz FOFA a equipe irá avaliar quais as fortalezas, as fraquezas, as ameaças e as oportunidades de melhoria para as próximas ações. Sugerimos que ela seja utilizada para avaliar a efetividade das ações do programa em um período médio (bimestral ou trimestralmente, por exemplo).

O método “Que bom, que pena, que tal?” funciona bem como fechamento de ações realizadas. Nele, a equipe de voluntários e comitê faz uma análise do que funcionou bem e pode ser usado como exemplo (Que bom!), daquilo que não funcionou e deve ser ajustado em ações futuras (Que pena) e os planos de ação e ajustes (Que tal?).

Mensuração deve ser constante

​Para mensurar se um PDC está cumprindo com suas metas e objetivos é muito importante que eles sejam claros desde o início do programa. Após definir os objetivos, é importante definir quais indicadores queremos mensurar.
 
Lembramos que analisar os impactos é um processo contínuo que nos ajuda a medir, no decorrer das ações e projetos, se eles estão sendo efetivos. Chamamos este processo de “acompanhamento de indicadores de monitoramento”.
 
Estabelecer mecanismos de monitoramento e avaliação para um PDC e/ou Programa de Voluntariado Corporativo é essencial para a efetividade dos mesmos, pois ajuda a fazer possíveis ajustes no percurso e oportuniza aprendizagens e melhorias para que tudo continue rodando bem e engajando mais voluntários.
 
Ter metas de indicadores e objetivos estabelecidos e mensurados também vai ajudar a área responsável a apresentar aos líderes da empresa os resultados e estabelecer uma relação de confiança e engajamento, reforçando a importância e efetividade das verbas destinadas às ações de responsabilidade social.

​O papel da Global Communities dentro de um PDC

A Global Communities é uma organização internacional sem fins lucrativos que trabalha em estreita colaboração com comunidades em todo o mundo para trazer mudanças sustentáveis que melhorem a vida e os meios de subsistência dos mais vulneráveis. Acreditamos que o papel das organizações/empresas e seus voluntários são essenciais para alcançar essas mudanças.
 
O desenvolvimento não é algo que fazemos para as pessoas; é algo que fazemos com elas. Acreditamos que quem entende melhor as necessidades da comunidade, são as pessoas da própria comunidade. Neste contexto, empresas e seus colaboradores, como importantes atores do contexto local, têm um papel fundamental nesse desenvolvimento.
 
Por isso, acreditamos na importância do voluntariado e buscamos, através de nosso trabalho de campo, contribuir para essa missão tão importante. Desenvolvemos uma ampla variedade de serviços para que empresas parceiras em todo o mundo conheçam e atinjam suas metas de Responsabilidade Social Corporativa (RSC).
 
Com mais de 60 anos de experiência internacional, a Global Communities faz parcerias com empresas para fomentar o desenvolvimento de novos mercados e sustentabilidade a longo prazo.
 
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